Em 22 de maio de 2014 por Jana Coimbra
“Pela Pátria espalha gente de talento e projeção”. Assim é cantado em prosa e verso o hino de Carangola de autoria de Camilo Filho. A coluna de hoje presta homenagem, merecida e legítima, àqueles que em diversas profissões e frente de trabalho fizeram, e ainda fazem, nossa história acontecer. Deles nos orgulhamos e os reverenciamos:
Alcides de Oliveira Lopes (maestro Cidinho) – Nasceu em Cataguases, mas dias depois chegava em Carangola e aqui permanece há 63 anos, admirado e respeitado ppor todos. Em 1975, ingressou na Lira 21 de Abril, assumindo sua liderança a partir de 1993 até os dias atuais. Felizmente! Educando, profissionalizando uma grande quantidade de jovens e levando alegria onde quer que passe com sua Banda. Um missionário da arte de musicar a vida
Amaro Bento Vaz – quem não conhece este jovem senhor de 98 anos, de postura ereta, sorriso franco, gentil, alegre e feliz em qualquer momento que o encontrarmos, levando sua cesta de “quitandas” saborosas feitas por ele. Exatamente, feitas por ele com satisfação e o prazer de servir. Nasceu em Manhuaçu e com sua inesquecível Gersonira Mesquita Vaz, instituíram uma imensa família com seus filhos: Diner, Maria, Sônia, Sílvia, Nelita, Edina, Wander, Amaro, Gersonira, Gerson, Sandra, Marta e Sidner, Ufa! Como veem um autêntico fabricante de pães e filhos!
Amélia Maria de Freitas Monteiro de Castro – Após 50 anos distante de nós, tendo São Paulo como seu “Quartel General” por mais tempo, retornou ao ninho e aqui vem se dedicando tempo integral às causas da cidade: Secretária de Cultura, Rotary Clube, Supremo Conselho da Casa de Caridade, Associação de Artesão e a Fazenda Orita. Oitenta anos a serem cravados de uma presença marcante em suas habilidades, conhecimentos, cultura e refinamento. Uma mestra por excelência
Antônia dos Santos Golfeto – Nascida logo ali, no Córrego do Galo. Com coragem e determinação, viveu momentos de lutas cozinhando em escolas e para particulares. Hoje, após duas viuvezes e os filhos Chiquinho, Claudia e Marcelo, pode se considerar uma mulher realizada e bem sucedida, uma empresária do ramo alimentício. Quando nos falamos, contou-me, feliz, que foi pela primeira vez à piscina (no Campestre Clube), onde o filho Marcelo é o atual presidente
Antônio de Pádua Rodrigues – Aqui chegou e plantou suas raízes, onde hoje vê, com orgulho do dever cumprido, sua vida profissional e familiar estabelecida, dando-lhe excelentes frutos. Médico de grande experiência, admirado e respeitado por toda a comunidade, faz parte, felizmente, ainda, daquela “safra” de profissionais de ouro da medicina carangolense. Vê também, com satisfação, a chegada do neto Daniel para aqui exercer sua mesma especialidade na área da ortopedia
Dalva Novaes de Azevedo – Uma educadora que marcou seu tempo com total dedicação, postura, responsabilidade e consciência irrestrita de ser mestra e fazer de seus alunos e professores subordinados, os deveres e obrigações da arte de ensinar e aprender para a vida. Hoje, com 98 anos, está rodeada dos cuidados e carinho de seus familiares e amigos
Humberto Aguiar Andrade – Médico e missionário, não necessariamente nessa ordem. Filho dos saudosos Chiquito Andrade e D. Eutália, tem como especialidade a pediatria. Excelente profissional e exemplo para todos nós carangolenses de uma vida familiar e autêntico missionário. Dedica seu tempo entre a profissão e a família constituída por Marly, Camila, Beto Filho e os netos, Maria Eduarda e Humberto Neto
Júlia Maria de Castro Neves – Trata-se de uma verdadeira missionária na difícil tarefa de socorrer a todos que a procuram por orações e aconselhamentos. Uma mulher de fé. Fé generosa, fervorosa e caridosa. Sua presença irradia confiança e esperança, tranquilidade e uma enorme certeza em suas orações – um raro dom e carisma!
Maria Alice Magalhães Lima – Sua história de vida, de doação, empreendimentos e lutas é pública e notória para todos nós carangolenses – Seu ponto forte, ou fraco, não necessariamente nesta ordem, é a APAE, orgulho dela e de toda a cidade. Desnecessário, portanto, dizer ou mesmo enumerar os benefícios que tal Instituição nos traz. Seu trabalho terá sempre terá sempre gratidão e admiração da comunidade carangolense
Maria da Conceição Belletti – Filha primeira de Edia e Luiz Belletti. De seu pai herdou a garra, o tino comercial e o amor por Carangola. Uma mulher à frente do seu tempo – casou-se com vestido cor de rosa, desquitou-se muito cedo, foi uma das primeiras mulheres da cidade a dirigir um veículo, conduzindo o Jeep Willys de seu pai, ajudando-o na administração da serraria. Esteve sempre interessada e integrada, nas campanhas filantrópicas e sociais de Carangola. É brava? Sim! Porém tem seu lado doce, gentil e, principalmente, sua autenticidade em ser e gostar sem artifícios
Noeme Motta de Souza – Prestes a completar 100 anos, que essa mestra em fazer “artes”, continua fazendo das suas! Após educar e transmitir seus conhecimentos a centenas e centenas de alunos, hoje mudou de lado, isto é, é aluna também. Ora pintura, ora piano. Não para e não quer parar e tem até um livro editado e lançado nos seus 90 anos intitulado “Coisas de Noeme”. Além do mais sua delicadeza e meiguice ao falar, encanta qualquer um que dela se aproxima
Ondina de Souza Gomes – Outra centenária carangolense merecedora de todas as homenagens, respeito e admiração. Mestra também na arte de ensinar e transmitir aos alunos os verdadeiros e autênticos valores para a vida. Sua prodigiosa memória e bom humor foram a tônica central da comemoração dos seus 100 anos, declamando uma extensa poesia de Casimiro de Abreu. Possuidora de um coração extremamente generoso, aliado à sua fé, lhe sustentam a alma, o espírito e o corpo.
Orllete Garcia Nunes – 90 anos de vitalidade e saúde dão a esse carangolense, nascido em Natividade (veio para cá aos 10 anos), aquela simpatia saudável e feliz e com sua pequena cesta de palha transita pela cidade, oferecendo seus deliciosos pés de moleque (em duas espécies) e a tradicional e incomparável cocada alemã, que somente ele guarda o segredo de sua elaboração e feitura (que felizmente revelou para seu filho). Que não fiquemos, portanto, nunca seu tal gostosura… Sr. Orllete é casado com D. Alzira Nunes Garcia e é primo, vejam bem, do famoso e falecido cantor espanhol, Carlos Ramirez.
Rogério Carelli – Professor e historiador dos bons, da nossa história (ainda há quem se preocupe e se dedique a ela). Haja vista, seu livro “Efemérides Carangolenses”, que relata fatos históricos, pitorescos, trágicos, cômicos, de pessoas ilustres ou não, no período de 1827 a 1959. Quem foi, quem fez, quem deixou de fazer, tudo lá está registrado, bem escrito e documentado. Uma excelente pesquisa que merece ser conhecida e consultada por todos nós, carangolenses, que, modéstias à parte, valorizamos nossa cultura. Um importante legado que Rogério, com sua simplicidade e modéstia, oferece ao arquivo da nossa terra.
Sebastião Rodrigues Vilela – Nascido em Patrocínio de Muriaé, mas carangolense de coração escancarado. Quem não se lembra desta figura amável, competente e sempre solícito nos 46 anos dedicados à Casa de Caridade? O enfermeiro “mor-chefe-determinado” e que hoje aos 99 anos encontrou-se na sua merecida aposentadoria sob os cuidados de D Joana Casadini Vilela, sua dedicada esposa e os filhos Sérgio, Maria Célia, Celi e Raquel. Seu valoroso desempenho e dedicação profissional jamais serão esquecidos (Falecido poucos dias antes da postagem dessa publicação)
Zenith da Cunha – “Olha ela aí gente”, quietinha e enclausurada em sua casa, da Santa Luzia, curtindo seus 92 anos com seu conhecido humor, saúde e as eternas lembranças de sua querida mãe, D. Lilita! Curte sua TV, as plantas e seus afazeres manuais e filantrópicos. Como podemos observar, ela não para!
Zenith Quintão de Oliveira – Uma eterna “Primeira Dama” na política, na família e entre os amigos. Um conjunto de adjetivos faz de D. Zenith, nascida em Tombos, 99 anos, a personificação de elegância e educação. Mãe exemplar de uma prole numerosa (Armando, Alô, Mena, Olívia, Zenithinha, João e Madalena) e esposa presença/presente junto ao marido João Bello durante toda a sua vida pública, marcada com bravura, coragem e dinamismo
A vocês, carangolenses adotados ou não, possuidores da nossa admiração, o meu abraço e o reconhecimento por tudo que aqui fizeram e ainda fazem pela cidade que os acolhe de braços abertos
Murilo Roberto Pereira
Até mais ver
Olivia Oliveira Cavalcanti Silva
23 de junho de 2014
Murilo, parabéns por este artigo, lembrando pessoas que fazem a diferença na vida da cidade.
Neuza Lima Sales
20 de junho de 2014
Obrigada Murilo por me proporcionar essa maravilhosa viagem ao tempo.
Muito bom lembrar dessas pessoas que de uma forma ou de outra, contribuíram com a história de nossa cidade querida.
Hoje já não moro mais em Carangola, estou em São Paulo.
Amo muito essa cidade e espero estar aí logo.
Um de abraço para todos.
Neuza Lima.
zenith de oliveira magalhaes
6 de junho de 2014
Murilo , parabenizo e agradeço suas palavras gentis. A história dessas pessoas tão ligadas a história de Carangola merecem mesmo ser lembradas e reverenciadas. Nosso passado não pode ficar esquecido .
Lendo , vamos lembrando e emocionando com cada um. É um filme que passa e trás belas recordações.
nydia
23 de maio de 2014
Murilo, lindo e emocionante, só quem conhece cada um é que sabe o valor que pretaram e pretsam em nossa cidade querida; que já foi a PRINCEZINHA DA ZONA DA MATA.
Foi no passadomas para nos continua nosso querido torrão, linda e maravilhosa.