Em 2 de julho de 2013 por Ludimila Beviláqua
No descuido de não observar tão atentamente um fato poético do cotidiano, fico presa a consciência perdida de escrever uma crônica. Mentalmente, escolho a crônica poética para que possa dizer sobre a metalinguagem da escrita. Tão própria e singular, que chega ser expansiva.
Uma vez, quando aprendia a redigir um dos primeiros textos, li que a poesia está em todos cantos, nas rotinas, nos dilemas gritantes das nossas vidas ,ou, na simplicidade da vida alheia. Por outras vezes, contemplei crônicas tão singelas quanto os olhares dos próprios autores, e agora ,curiosamente fico me perguntando qual seria o quesito mais importante pra tecer palavras, de sentido e que seja tão suave quanto a poesia.
O quesito é a disposição, digo de ante mão , disposição de transpirar 90 por cento como diria minha querida professora de redação do ensino fundamental ,e , deixar que a inspiração que brota se enlace com conhecimento , fluindo como prazer que transcende a matéria.
Escrever o cotidiano, é ter a delicadeza de observá-lo, e por observá-lo tão pouco, que escrevo o cotidiano ausente , da escrita aprendida, superada, elaborada. Descrevo internamente uma cronologia dos versos e das crônicas construídos vida a fora, sem ao menos que fossem literalmente escritos. Crônica não é o olhar poético do cotidiano. Poesia não é a sensibilidade sobre o cotidiano. O cotidiano e nossos detalhes é que são naturalmente um verso, ou um texto lírico redigido.
Escrever não é função, profissão. Escrever é vida, experiência. Escrever não é ver, é sentir!
Bianca Garbelini
Texto dedicado a professora Ludimila Beviláqua , que fez transbordar a minha escrita…
Marina Mendonça
31 de dezembro de 2013
e eu me encanto!