Em 15 de dezembro de 2011 por Ludimila Beviláqua
“Velho amigo eu volto à nossa casa,
já não te encontro alegre,quase humano”
A paráfrase da letra de “Diana”, da excelente banda Boca Livre, tem um motivo muito especial. “Aprendi muito com meu cachorro”… ouvi a frase em um tom de oração com a atenção de quem convive com aquele animal definitivamente quase humano.
O cachorro, em questão, tratava-se de um respeitável senhor de quase 17 anos, que, junto com a menina, levava as alegrias infantis àquela casa. Cresceram juntos, dividiram afetos e histórias, cuidados e atenções. Era o incrível Hulk. Muitas vezes razão de divertidas lembranças no encontro com os amigos.
Também temos cachorro em casa. Mais precisamente uma bela fêmea chamada Frida Kahlo e outra, uma versão nada comum de um poodle, raça que até então nos assustava com seus estridentes latidos quebrando o silêncio do descanso. Sim, são duas! E nos enchem de alegria e trabalho. Não à toa carregam seus nomes. Frida, como a pintora, exala cores extasiantes em tons quase musicais. Lua, tem mesmo a claridade da noite regada por sua luz.
São bichos-humanos. Humanos no que nossa raça tem de melhor: a capacidade do amor incondicional, a fidelidade, o desprendimento do que é material. Os cães são capazes de sentir pela despedida e celebrar a alegria do encontro. Apreciam voltar para casa, apreciam o cheiro do ninho. Os cães conseguem como poucos reconhecer nossas tristezas, mesmo escondidas.
Conviver com cães é realmente um ensinamento, desses sem manual de instruções. Aprendemos na convivência, na partilha do espaço, no reconhecimento do amigo, na parceria selada entre o que raciocina e o que teoricamente não.
Quem convive com cães duvida da Ciência. Impossível acreditar que tudo neles é instintivo. Não choram por instinto. Não comemoram por instinto. Não protegem a cria nem o dono por instinto.
O respeitável senhor que inspirou esta crônica morreu no último sábado. Deixou conosco suas hilariantes histórias, suas fugas cinematográficas para namorar na vizinhança, seu inconfundível latido no portão na chegada dos amigos-compadres.
O incrível Hulk já não corria mais … conversava pouco … gostava de viajar no ar condicionado, como um exigente ancião. Era a mais pura das companhias.
Os cães emocionam a gente. Nos fazem rever atitudes, duvidar da complexidade da vida. Os cães nos fazem mesmo aprender com eles e quando partem, fazem com que nosso território de brincar tenha o silêncio e a dor de sua ausência.
Ludimila Beviláqua Fernandes Terra
Saarah
3 de abril de 2012
Eu ameei tia Lud!! Está de parabens!! :)
Juliana Soares
29 de março de 2012
Mto legal tia Ludi!!Haha
Giovanna
28 de março de 2012
verdade Tia Ludi, esta de parabéns *-*-*
Isadora Hosken
28 de março de 2012
hahaha, muito lindo! amei, a mais pura verdade *-*
Marina C.
28 de março de 2012
curti muito (:
Eugênio Fraga
28 de março de 2012
Simplesmente emocionante !!!
Victória Morando
28 de março de 2012
adorei ! os cães sempre nos levam felicidade e alegria.. belíssima crônica tia lud. beijos
Delma
15 de março de 2012
Ludi, seus textos e crônicas, são sempre lindos. Parabéns! Falando de Luinha, eu acho que ela é um anjo
disfarçado de Cadelinha, para proteger e alegrar nossas vidas. Beijo.
Ronaldo Guedes Viana
22 de dezembro de 2011
MARAVILHOSA CRÔNICA….. É a mais pura verdade. “Quanto mais conheço os homens, mais eu gosto de meus cães” Ess é a máxima mais verdadeira quando se trata desses animais mais amigos que já conheci. Parabéns pela sua sensibilidade.
Christiane Abdo Guedes
18 de dezembro de 2011
Ludi,com certeza somos privilegiadas,conseguimos ver o mundo desta forma.Amo meu cachorro e pronto!Bjs vc arrasou mais uma vez!
kiki
18 de dezembro de 2011
Ludi,só quem AMA de verdade esses bichos sabem o quanto sâo importantes em nossas vidas.
Parabéns
Geórgia Campos
17 de dezembro de 2011
Ei amiga,
Enquanto leio sua bela crônica, minha garagem é inundada de latidos e esbravejos. Acho que algum “amiguinho” está perto do meu portão. E os meus guardiães são de uma ferocidade……dá até vontade de rir. Até nisso eles adivinham e vem fazer barulho e me desviam a atenção e o nó na garganta. Você me fez lembrar o Zulu, um xodozinho que tive, ficava igual a um morcego…pendurado, preguiçoso, nem parecia pinscher manso que era. Quase morri junto, foram dias e dias chorando e uma dor física no peito que nem sei. Então, amigos comovidos com minha dor me presentearam com outro, idêntico…(pelo menos eu achava)…mas as semelhanças paravam ali, no físico. Chegou e tomou conta do pedaço, mas de cara mostrou-nos a que veio…bravo, feroz…ai de quem me encostasse a mão ou simplesmente viesse pro meu lado ou perto do Dani e da Lu. Demos o nome de Toy, nosso brinquedinho. A comoção com minha tristeza foi tanta que dias depois, outro amigo me presenteou com uma fêmea, a Malu, uma doçurinha que nos presenteou com o Bidu, uma criatura que não deixa nada inteiro, nada em silêncio, e principalmente, nada triste.
Parabéns pela crônica, obrigada pela reflexão e lembrança…..beijinho pra Shi, Lu e Bebel.
Alice Martins
17 de dezembro de 2011
Nossa Ludi, simplesmente AMEI a crônica! “Conviver com cães é realmente um ensinamento, desses sem manual de instruções. Aprendemos na convivência, na partilha do espaço, no reconhecimento do amigo, na parceria selada entre o que raciocina e o que teoricamente não.”- realmente. Cães, também sempre me emocionam, tenho a minha Belinha, e cada dia é uma coisa diferente que ela faz, que ela mostra, nem sei porque são chamados de irracionais, sendo que uns são mais racionais que os próprios seres humanos. São eles que criam com amor incondicional seus filhotes, e nos protegem, até a Belinha daquele tamanho, as vezes se mostra em uma braveza só pra tentar me defender… São animais que todos deveriam ter, porque com eles a gente aprende bastante..
Parabéns pela crônica Ludi, um dia chego aí HAHA’ *—* Beiiijos!
lucia scardini
17 de dezembro de 2011
Linda crônica. Toca profundamente a quem ama os animais, a nós que amamos os cachorros. Sei bem a dor da perda do nosso bichinho ,pois já perdi a minha PENÉLOPE. Hoje tenho a minha PRETINHA , uma vira- lata de raça,e também divido o convívio da nossa fofa LUINHA. O texto emociona e descreve exatamente o que sentimos ao lado dessas criaturinhas, que como você mesma diz, podemos chamar de humanos, muitas vezes mais que humanos, grandes companheiros. Parabéns. Bjs.
Rafael
17 de dezembro de 2011
Luud!
Conseguiu fazer com que resgatasse todos os sentimentos que tive desde meu primeiro cão. Desde o primeiro choro quando o perdi. Deu saudade!
Mas você como sempre conseguindo fazer vibrar os sentimentos das pessoas com as palavras!
Meus parabéns lud! O mundo e até mesmo as palavras agradecem por serem tão bem utilizadas!
Bjos!
Hélen Queiroz
17 de dezembro de 2011
Comadre, que maravilha de crônica!!! Acabo de saber da morte do Hulk através dela…Belzinha, Lu e Schizinha certamente sentiram-se afagados com esse texto. Durante a leitura, lembrei-me tbm da minha labrador Diadorim, delicada e inesquecível! Obrigada por mais essa crônica linda! Vou enviá-la a uma amigo mto querido que perdeu sua cadela há poucos dias…
bj carinhoso…
Nos vemos em breve!
Walker
17 de dezembro de 2011
au aua au au au au au (língua para fora)…au..
au au au au au (agora também abanando o rabo)…
Pronto. Expresso meu sentimento.
Parabéns Ludi Linda!!!!
Ana Carolina Toledo
17 de dezembro de 2011
Precisava deixar meu recado aqui. Já estava com saudades de ler uma crônica sua! Ela fala exatamente do sentimento que eu tenho pela minha finada cadela Nina. Cresceu junto comigo, me fez amadurecer, aprender a amá-la incondicionalmente e entender também que sua hora chegou, que foi melhor asssim, sem muito sofrimento. Obrigada por partilhar desse sentimento comigo. Confesso que me senti reconfortada. Beijão
Taís
16 de dezembro de 2011
Lindo esses nossos bichos-humanos…Linda crônica..Adorei.
Lu Mergh
16 de dezembro de 2011
Comadre, esta crônica me deu nó na garganta e me fez cair lágrimas de emoção, uma arte a transformação de sentimentos em palavras. Muita sensibilidade!!
Aprendi muito com meu cachorro. O silêncio do meu cachorro, nunca foi indiferença, era o auge da maturidade, do respeito, era quase um pensamento do tipo não revide, segue adiante, passe por cima das calúnias e da falta de respeito do ser humano comtemporâneo, ame sem receber nada em troca a quem lhe quer bem!! Aprendi muito com meu cachorro!!
Muito obrigado.
Beijo no seu coração.
Minha comadre.
Isabel
16 de dezembro de 2011
Madrinha Querida !
eu AMEI de todo coração sua crônica em homenagem ao nosso querido hulkinho, que vai guardar eternas lembranças de cada momento durante sua vida na Terra !
A cada parágrafo, uma surpresa e sensação de concordar com tudo o que disse.
Obrigada ,
de sua afilhadinha Beel
Shirleia
16 de dezembro de 2011
Amiga-comadre, você já sabe o quanto me emocionei com essa comovente crônica!!! … é, ele ocupava um espaço grande em nossa casa … e agora “tanto vazio por todo lugar” … sim, nos deixou boas histórias, ensinamentos … e muitas muitas saudades … agradeço a delicadeza e a sensibilidade de suas palavras!! um beijo gde em seu coração.
Alessandra Onofre de Medeiros Nunes
16 de dezembro de 2011
Ludi,
Lindas suas palavras, só quem teve uma infância convivendo com cães sabe da importância desta amizade.
Seu texto me deu saudade dos cachorros que tivemos.
Beijos
Júlia Kamil
16 de dezembro de 2011
Amei!!!!! Parabéns…
“Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.” Milan Kundera
Beijos
Elaine Azevedo
16 de dezembro de 2011
Amiga, as suas palavras me emocionaram! As pessoas que têm a felicidade de conviver com o amor fiel de um cão, sao mais gentis e amorosas. Quando eles partem das nossas vidas deixam um vazio na alma, uma falta, uma alegria não preenchida. Mas é parte da vida! Beijos com carinho.
Danielle Fernandes
16 de dezembro de 2011
Nossaa, amei Ludi!!! Principalmente o finalzinho, ameei!!! *_*
Cláudia Nolasco
15 de dezembro de 2011
Ludi querida, lindo texto! Hukildo vai deixar saudades sim. Os churrascos não serão mais os mesmos…Deixa pra mim a lembrança de um cachorrinho simpático que sempre saudava a gente com grande alegria na chegada. um beijo carinhoso pra você!