Em 18 de maio de 2021 por Jana Coimbra
– Seu nome – Maria da Conceição Belletti
– Sua idade – em breve farei 93 e fico feliz por ter chegado até aqui
– Qual o seu mundo – como cantou Maysa, “o meu mundo caiu” de ver tanta coisa que não gostaria na nossa cidade
– Sua cor preferida – as cores do meu Brasil
– Seu livro de cabeceira – a leitura está de lado por causa da visão
– Seu sonho ainda a ser realizado – o término da obra iniciada no prédio “Dois Irmãos”
– O que se leva da vida – o que a gente viveu, coisas boas e ruins
– O que te alegra mais – pessoas em que possa confiar
– Sua preferência musical – todas as músicas italianas e francesas
– O que é internet para você – acho mais prejudicial do que benefício para certas pessoas
– Seu objetivo de vida – terminar o que iniciei antes do dia que partir
– Tem medo da morte – não, cada um tem seu tempo na vida
– Pelé ou Messi – ambos têm muita classe. Eu admiro.
– Quem você convidaria para um almoço – o Murilo Pereira, o Juarez Hosken, a Lelena Guimarães e outros também
– Tem esperança de um Brasil melhor – tenho, porém, continuo como Rui Barbosa com “vergonha de ser honesto”
– O que falta para Carangola ressurgir – uma boa Administração
– Sua opinião sobre o prefeito atual, Silas Vieira – tem uma grande bagagem familiar. Tenho muita esperança em seu governo
– Boas lembranças dos amigos ? – Sim. De D. Laurinha Tostes (Muriaé), dos familiares do Dr. Dejalma Pereira da Silva, dos familiares do João Bello
– A palavra mais bonita para você – honestidade e respeito
– O NOSTÁLGICO TÍTULO-TEXTO acima, extraído de uma crônica de Lauricy Belletti Rodrigues, de 1998, com gosto e sabor da Leiteria Paiva, sons do Clube Carangola e CTC, paralelepípedos da Rua 15, Cine Brasil e por aí afora. Você, leitor, pode estar dizendo: “lá vem mais velhas e saudosistas histórias”; acertou ! Diante de insegurança e tensão que estamos vivendo nos dias atuais e duvidosos com os dias futuros, fazendo-nos reféns de nós mesmos, encontro na escrita um gatilho para combater tal fobia. Trabalhar a inteligência emocional com algo que relaxe e traga fragmentos descontraídos e divertidos, tem sido meu combustível e antídoto.
– O ESTÁDIO ROSENY SOARES, que completa 80 anos em setembro próximo, mais exatamente no dia 21, é hoje o tema central para as minhas “lembranças bobocas”. Entrar em seu recinto, admirar aquele gramado verdinho, seu entorno, arquibancada sólida e ampla com espaço VIP para Tribuna de Honra (chique, né ?), é fazer, mesmo aos mais indiferentes, um “passeio saudosista” “naqueles tempos” ali vivenciados. É como ter, em fração de segundos, um filme thecnicolor e cinemascope, com excelente produção, roteiro e trilha sonora, digno de um THE END feliz. E com direito ao OSCAR. Tempo que ali foi, durante anos, o abrigo de emoções e sentimentos nossos e daqueles que nos visitavam. Éramos todos os protagonistas daquela película. Bons e saudosos tempos, com certeza.
– A EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA – a festa máxima a que me refiro, em especial, era aguardada ansiosamente entre sonhos, projetos e fantasias, participar dela, a realização, e despedir, um sentimento de vazio. Sua iluminação noturna, obra projetada e executada pela competência de Mauro Lopes Valadão e equipe, transformava o recinto em luzes, brilhos e cores as noites de inverno no vai e vem das pessoas, nas bolas coloridas quicando no ar, nos namoros, nos amigos despreocupadamente jovens e felizes ao som de um violão, agrupados no “tapete verde” e nas barracas simples e aconchegantes. Eram, possivelmente, os “efeitos especiais”, agindo em nossas emoções e comportamento. “Estádio Roseny Soares“, obra realizada na administração do Dr. Waldemar Soares, inaugurada em 1941, um patrimônio de nossa cidade que se reserva no direito de ser guardião e legatário de importante período de nossa história. O futebol, sua principal finalidade e função (emoções à parte com Ypiranga, Olímpico, Comercial, etc) tem ali seu espaço garantido e preservado. Um capítulo de recordações e lembranças merecedor de aplausos.
– EM RECENTE PUBLICAÇÃO aqui no JC online, Jandira expôs, com romantismo e emoção, os efeitos positivos que tal espaço ainda “povoa” em nosso imaginário. Através de fotos, inclusive, algumas já publicadas anteriormente, vemos imagens de tais momentos únicos, nem que seja “por segundos”. Como bem definiu Rogério Carelli, “somos nostálgicos por natureza pelos fatos acontecidos aqui“.
A PROPÓSITO, convido você leitor amigo, caso tenha alguma foto neste contexto, e queira participar dele, envie-nos. Será um prazer o compartilhamento, será “de chuá!”
“Deixemos que o diga o tempo,
pois mudamente surdo
ele é o único que,
sem dizer nada, diz tudo”
(Pedro Calderon De La Barca)
Anos 50 – Maria do Carmo Pereira Luz, fotografada por, ninguém menos, Roseny Soares, em tarde de futebol feminino
Foto do Ypiranga, em 14.09.1930 – arquivo do Jornal da Cidade – frente e verso da foto, com dedicatória do Sr. Degas
Foto do Ypiranga Sport Club, gentilmente cedida por Cláudia de Moura Sangy
Foto de 1962, dos campeõs do Ypiranga: Pedroca (de pé), Laércio (à direita) e Daniel (à esquerda)
Foto da arquibancada do Estádio Municipal Roseny Soares – arquivo do Jornal da Cidade
1958 – Francisco Flávio, ?, Vera, Ana Maria, ?, Andréa, ?, Ana Maria, Carmen, Élcio (em pé)
Cláudio, Murilo, Roberto, Diógenes, ?, Murilo Leite e Antônio Maurício
1958 – XIV Exposição – Roberto, ? , Celeste, José Augusto, Paulo, Bidi, Flávio, Élcio, Nelson, Luiz e Murilo
Murilo, Bidi, José Augusto, Lúcio, Luiz, Paulo César, Diógenes, Roberto, Fernando e Nelsinho
1967 – XX Expô – Gagate, Alice, Murilo, Maria Célia, Maria Ignêz, Homerinho Pereira, Marcos, Ítala, Regina e Nilza
Anos 60 – Flávio Murilo, Andreza, Merinho, Lanito, Ítala, Lela e Terezinha
1968 – Murilo, Cristina, Lála, Marcos, Emília Rita, Teresa, Maria Ingêz, e Devanil
Anos 60 – Lúcia, Cláudio, Ítala, Murilo, Maria Célia, Luluda, Rui, Renato, Maria da Glória, Sandra e Lúcia Esteves
Anos 60 – Construção da 1ª Barraca do JAP CLUB (Juventude Amiga dos Pobres) – Cláudio Machado e Camilo Gonçalves, com mãos à obra
1968 – Cristina e Murilo Pereira, uma união feliz que dura há 46 anos
1968 – Jovens ao som de um violão: Nildes Portes, Heloísa Valente, Danilo Loschi, Regina Martins, Homerinho Pereira e Denise Frossard, (de pé). Rosane Barbosa, Ana Maria, Ana Lúcia Figueiredo, Sérgio Nassar, ?, e Regina (Rio), (sentados)
– TÊTE-A-TÊTE – NILMA LAMÊGO, a bela Miss Carangola, em 1976, filha de D.Dalva e Sr. João de Souza. Seu pai foi proprietário do ônibus circular que, habitualmente, era usado para as idas-e-vindas ao Colégio Carangolense e, Pety e Zé, os motoristas que “suportavam” a zueiras e irreverência dos alunos. Bons e saudosos tempos também que fazem parte da “minha história com os outros”. Obrigado pelas simpáticas e bem-vindas referências às “minhas escritas”.
– Aplausos para mais 06 carangolenses aprovados para o Curso de Medicina:
Sarah Quick Lourenço de Lima/UFJF – filha de Denise Castro de Lima e Fábio Quick Lourenço de Lima
Lorena Rodrigues de Souza Ferreira/UFMG, filha de Valéria de Souza Ferreira e Rogério Ferreira
Gabriel Pereira Romano/UFJF, filho de Elizabeth Pereira Romano e Zânio Vieira Romano
Marcelo Moreira Roriz Borcard/UFCAT – filho de Rosângela Moreira de Sousa Roriz Borcard e Rui Sérgio Roriz
Natália Carim/Suprema/JF, filha de Rosemary Lacerda Fonseca Carim e Tarcizo Carim
Hanna Barradas Calito Barbosa de Souza/Centro Universitário Barão de Mauá/Ribeirão Preto-SP- /SP, filha de Tulla Barradas Calito Barbosa de Souza e Walter Barbosa de Souza Filho
– “É maio, amai-o”
Até mais ver
Murilo R. Pereira
Claudia Coletta
19 de maio de 2021
Que delicia ler essa coluna e ver as fotos de pessoas que fizeram (e ainda fazem) parte de uma vida linda em Carangola! Obrigada, Murilo!!!