Em 9 de abril de 2011 por Jana Coimbra
A vida é feita de que? Quanto vale estar vivo? A cada dia sinto que está mais difícil acharmos a resposta.
Agora, foi a vez de um psicopata invadir uma escola municipal no Rio de Janeiro matar 11 crianças e deixar outras 13 feridas. “O Rio de Janeiro continua lindo”. Os versos eternizados por Gilberto Gil, já não fazem muito sentido para mim. Claro, a cidade maravilhosa continua como tal, mas as guerras civis pelas quais ela passa aterrorizam, amedrontam e afastam qualquer um.
A violência no Brasil e, principalmente no Rio, não é novidade – apesar de amigos que lá residem tentarem, insistentemente, convencer – me de que a situação é mais produto da mídia do que verossímil. E, é bem verdade, que nesse caso especifico a cena trágica – e sem precedentes no Brasil – poderia ter acontecido em qualquer lugar, mas por infelicidade, coincidência, destino ou qualquer outro motivo, foi exatamente na cidade onde se encontra o Cristo Redentor – quanta ironia.
De qualquer forma, a situação pela qual atravessa o ser humano em geral, deveria ser motivo de estudo ou, no mínimo, de uma análise aprofundada. Stress, depressão, cotidiano agitado, bulling, hiperatividade, são só alguns dos “maus” do novo século. Mas, será que apenas essas novas modalidades (ou fatores) de mudança psíquica e social são suficientes para determinar uma nova forma de agir e pensar do ser humano: completamente cruel, irresponsável e irracional, capaz de cometer tamanha atrocidade? Gostaria muito de saber.
Por enquanto, a nós, basta continuar caminhando em busca de sonhos e felicidade, com dignidade e persistência, acreditando sempre que os valores humanos e familiares ainda possam voltar a prosperar. A torcida é para que coisas como essa voltem a ser esporádicas e, principalmente, que o homem volte a dar mais valor ao único Bem verdadeiramente seu, a vida.
Hugo Mageste
Luciana Garbelini
9 de abril de 2011
Meu querido e lindo Hugo, concordo com quase tudo o que você disse, mas deve refletir sobre as atrocidades que ocorrem em cidades do interior como a nossa, mas como não tem mídia ficam escondidas e nós também acabamos nos esquecendo de tudo que já se passou, e as vezes, silenciosamente mais cruéis do que tantas da Cidade Maravilhosa. Quando você diz de “stress, depressão, cotidiano agitado, bulling, hiperatividade, são só alguns dos “maus” do novo século”, fico lembrando de como eu era hiperativa, nas atividades da Escola, amizades, risadas, solidariedade, voley, queimada, handbol, natação, rock, Grêmio Estudantil (com muitas responsabilidades), sonhos de ver um mundo diferente. Hoje são pré e adolescentes que passam todo dia na tela do computador, com uma infinidade de conhecimentos que não são usados para o bem. E os Pais cada vez mais ocupados não tem a verdadeira noção disso tudo. E não vejo mais a solidariedade, amizades, risadas gratuitas e nem sequer um joguinho legal. A verdade é que nossa sociedade está criando parasitas, cidadãos que mal sabem o nome do seu vizinho, do colega da sala ao lado (e nem querem saber). E é por isso que as atrocidades acontecem. Mas como a vida me ensinou a lutar e acho que também é da minha natureza, ainda sonho com um mundo melhor. Bjos