Em 2 de abril de 2011 por Ludimila Beviláqua
“ No Centro Médico Beth Israel, em Boston, verificou-se,
que o cérebro cresce com o treinamento musical da
mesma maneira que os músculos respondem ao exercício físico.”
A juventude repete reinventando a história, dá a ela novos tons de cores e melodias, rende-se apaixonadamente a ídolos hoje tão imediatos. A memória encurta-se cada vez mais e o sentido do bom parece ganhar novas conotações. Como é mesmo o nome daquela banda cantada incansavelmente no verão passado? Como é mesmo aquela música que a estação nos impunha para realçar ainda mais o calor ? Onde foram parar as batidas compassadas, repetitivas , que prometiam ficar ? Alívio: sumiram como sumiu o pensamento daqueles que juravam estar diante de um novo fenômeno musical. Ambos pela insuficiência de argumentos.
Dizem que o que é realmente bom, dura para sempre! Não conheço o tempo relativo ao sempre, mas posso afirmar que o que é bom sempre fica. A arte aí está para nos provar historicamente essa colocação. A pintura, a escultura, a literatura, a música : quando verdadeiramente expressadas, ficam. E que bom que ficam!
De todas as artes, a música talvez seja a mais possível. Em cada canto de mundo, seja por um radinho de pilhas ou por um sofisticado equipamento, a música chega. Encanta e seduz. É democrática como a praia. Comparo por lidar com elas de maneira muito parecida. Explico. Só fico na praia se for na sombra, se tiver relativamente vazia e principalmente se não for verão. Com a música é bem assim. Sou capaz de abandonar aquela festa tão esperada por causa do som, principalmente se for verão. É bem mais arriscado. Não pretendo assim, julgar tribos ou gostos. Muito menos destilar conceitos, pré-conceitos ou pós-conceitos, embora os tenha. Mas sou uma ouvinte e uma consumidora exigente, portanto, parcial.
Sempre gostei e consumi música. Acompanhei a trajetória de meus ídolos, cantei com eles, chorei por eles. Meus cabelos, roupas e falas denunciavam explicitamente o tipo de vinil que rolava na minha vitrola, hoje representados em uma zelada coleção de cds. Por isso, lamento tanto quando vejo a ausência de personalidade, de estilo e de exigência, ao reunirem,por exemplo, no mesmo cd, o que há de melhor com o que há de pior na música sem ao menos perceber a diferença e, como se nada significasse, as pessoas permanecem,dançando ou não, inertes. E ainda dão nome a essa absurda falta de coerência, de ecletismo. É mais fácil dizer que gosta de tudo. Assim, não se causa antipatia, facilita o social. Isso não me preocupa. Isso realmente não me pré- ocupa!
Observemos o rock, que sempre foi sinônimo de transgressão. Era o diferente, e o diferente sempre desafia. O mundo, então, vivia de uma outra forma. Festivais de música reuniam jovens, politizados ou não, que usavam a música, fosse ela dedilhada em um violão ou no rangido de uma guitarra, para fazer valer o direito à liberdade. O sentimento libertário sempre moveu o mundo musical. É uma linguagem, única, democrática, cheia de possibilidades e sentidos. E como toda linguagem, tem sua função.
É amedrontador ver adultos dançando com o dedinho (o diminutivo é sempre aplicável a essas composições) na boca, obedecendo rigorosamente aos comandos de abaixa-levanta-batapalma-balança-sacode-eseilámaisoque. Isso nunca foi liberdade. Multidões coreografadas, imbecilizadas. Crianças coreografadas, precocemente lançadas num universo que deturpa o uso do corpo, da mente, da alma. Definitivamente tenho medo: como educadora, como mãe, como mulher, como gente. Tento salvar o que posso e nisso incluo meus ouvidos, sempre.
Em um amarelado recorte de jornal, guardo uma crônica de Arthur Xexéo intitulada: Tem música que não faz bem à saúde. É uma daquelas que eu adoraria ter escrito. Partilho da ideia da relação da música com a saúde, principalmente a mental e por pensar assim, tento multiplicar neurônios consumindo qualidade. Também tenho medo da burrice. E ter medo, definitivamente não é covardia.
Ludimila Beviláqua Fernandes Terra
Gustavo
6 de julho de 2011
Depois da conversa de ontem, pensei, e vi que esqueci de dizer algo, ” tive com quem aprender” beijo Lud
Gustavo Nogueira
3 de junho de 2011
Palavras de um desafinado com coração, depois de ler alguns comentários creio que nada tenho para acrescentar. Não acompanho o modo de trabalho escolar e educacional praticado atualmente em nossas bandas, so espero que meus filhos tenham o mesmo zelo, afeto e carinho que tive quando comecei a enterder-me como gente e principalmente que eu consiga encorajá-lo a pensar por si, queria ele na MINHA Officina do Saber, receio não ser possível, e que seus ídolos não sejam só da tv, que sejam como os meus, João Gilberto, Milton, Cartola, Ludimila, Caetano, Renata, Chico, Hélen( Rita Lee) e muitos outros, desejo isso não só para os meus, mas para todos.
“Deusa de assombrosas tetas
Gotas de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas… “
Bethânia
4 de maio de 2011
Todo mundo acredita, espero, que a base da sociedade seja a educação e que o respeito esteja inserido como elemento principal nesta base, CERTO? OK. O problema é respeitar alguém que sente prazer em ouvir: “Bota o dedinho na boca e faz cara de tarada. Vai descendo, rebolando, balança mas nunca para (Tugudugudugudugudu)”.
Eu carrego o nome de uma das melhores intérpretes da MPB, fui criada para me sensibilizar com músicas, textos, etc e aprendi – com você – a respirar fundo e saber discernir sobre tudo.
Lembro que comentei uma vez que respeitava a oligofrenia cultural, mas sinceramente me vejo muito preconceituosa quanto a isso. Confesso que eu não tenho e nem teria um amigo funkeiro ou micareteiro porque… O gosto musical de uma pessoa diz tudo e não quero gente esquisita do meu lado.
Eu tenho vergonha da nova geração ouvindo Restart, pena do Fábio Jr. por ter um filho tão bobo e não consigo entender a necessidade que as pessoas têm de dançar se esfregando.
Concordo totalmente com o comentário da Marina: é preciso que boas ideias se propaguem! Vamos agir e torcer para que as pessoas acordem e procurem pelo melhor!
Ana Beatriz Hosken
14 de abril de 2011
Curiosamente, quando o texto foi publicado, estava no curso de gestante e conversávamos sobre o a importância do estímulo para o desenvolvimento dos bebes. Aqui tem o projeto, fantástico, da Escola de Formação Musical Villa Lobos – uma orquestra de bebes, que promove o bem estar na alma e uma aguçada percepção no modo de enxergar o mundo. Seu texto – Amei, amei, amei… bela sinfonia, regida com maestria. Pra mim, um texto audiovisual… documentário extraordinário do nosso gosto… Direção ousada de SAMURAI, edição cirúrgica de um CIGANO, fotografia LILÁS de uma FLOR DE LIS, direção de arte sensível de uma ALEGRE MENINA e no roteiro; um OCEANO AZUL de CALMARIAS E VENDAVAIS, que nos transforma em ALIBI do NOSSO BEM QUERER. COISA DE ACENDER em nossos corações uma nova LUZ. E QUE DEUS NOS AJUDE. É isso aí, minha amiga, vamos DJAVANEAR o que há de bom… OU NÃO?
Fátima Viana
8 de abril de 2011
Ludi,minha querida, que bom ter alguém como vc fazendo parte das vidas de nossos filhos e de tanta gente. Sábias palavras! Amei o comentário de Marina Mendonça. Como é bom saber que apesar de estarem submetidos a tanta coisa ruim, eles percebem tudo isso, sabem que não tiveram as mesmas oportunidades que tivemos e exigem coisa melhor. Parabéns, Ludi! Parabéns, Marina! Parabéns a todo aquele sensível e de gosto apurado!
Taís Nolasco
8 de abril de 2011
Pessoa, adorei! Sou fã.
Compartilho da mesma opinião em relação a música e a praia..rs.
E que bom que nossos idolos ainda são os mesmo!
Beijo grande.
yan q
7 de abril de 2011
é como eu digo: sempre desconfie do eclético…
luciano portilho mattos
6 de abril de 2011
Como tem música que não faz bem à saúde (a Là A.Xexéo) tem reflexões- expressadas por palavras – que fazem muito bem; como as suas Ludi. O gosto artístico está definitivamente ligado na expressão cultural de uma época. E tem muita coisa ruim mesmo rolando por aí… mas tem coisa boa também; e em todos os gêneros. “O tempo não pára”, num é mesmo?. É só ligar, buscar, afinar a sintonia e escolher o que faz bem pro corpo e a alma. Educação também para a arte; para os ouvidos. Papel de quem educa. Como você faz nas seus textos e no dia a dia de educadora. Eu que, como você, gosto e consumo música deixo uma dicazinha de coisa bacana que Minas tem produzido além do Clube da Esquina, Skank, Marina Machado, Uakti, Sepultura e outros bons “fazedores de arte” como nosso amigo João Francisco. Educar os ouvidos é como educar o olhar e a escrita. Prossiga na sua “formação” de gente que lê, vê e ouve e, sobretudo, pensa bem. Nossos ídolos talvez não sejam mais os mesmos, mais o que é bom bebe na velha fonte que nunca se esgotará. Talvez seja isso a tal “experência”. Abraço! E fica aí uma dica da “cena independente de BH”:
http://www.youtube.com/watch?v=hmUAq-OAZbE
Luis Gustavo Abdo
6 de abril de 2011
Realmente impressionante Ludi. Como disse a luciene, sua cronica vai muuuito além de uma simples cronica, muito alem de um simples texto. Quem foi seu aluno sabe o que vc está dizendo, e como tb ja comentaram ,”cada palavra, cada expressão que são “muuuuuito você!”.” É muito importante sabermos que nao existem apenas pessoas caladas que se submetem à ‘dança do rebolation’, pois ainda há quem se incomoda e incomoda(apenas com a força das palavras! pra que mais?) os que nao se incomodam em fazer passinhos roboticos. Um gnd abraço de um admirador de suas “cronicas”.
Felipe Fernandes
6 de abril de 2011
Morro de medo da burrice. Morro de medo de, sem querer, mexer o pé durante o tchun-tchá. E vejo com certa pré-ocupação pessoas que eu gosto que realmente gostam disso. Quantas vezes ouvi “Felipe, só você não gosta disso ou daquilo” e meu pensamento em todas essas vezes foi “Graças a Deus”
Luciene Baptista
6 de abril de 2011
Assim que li sua nota no email, vim aqui correndo pra ler o que de antemão eu ja sabia que não seria apenas mais uma crônica, mas, uma crônica a mais…
As suas observações complementam as minhas criticas internas e também à minha parcialidade com relação ao que eu considero boa musica.
Do inicio ao fim, tudo a ver.
Bruna Jabour
6 de abril de 2011
Eu sei bem do que você está falando assim como todas as pessoas que aqui comentaram… E para minha surpresa alguém ainda mais novo que eu escreveu o que eu escreveria… Em alguns momentos da vida a gente se depara com tudo de uma vez, em uma intensidade extraordinária. Esse momento acontece agora pra mim. É funk, é pagode, é sertanejo, é rock e pop….E o que eu pude perceber e constatar foi o seguinte: as pessoas que não viveram tudo que a Marina descreveu só sabem que querem uma coisa: PRAZER E DIVERSAO! Antes de qualquer outra coisa! é a droga do amor, no conceito mais carnal que já vi. E aí abre-se um enorme buraco negro onde tudo que aparece é sugado, absorvido… E assim vai caminhando a humanidade, mais do que nunca, com passos de formiga…Separar o joio do trigo nunca foi tão necessário!
Beijos,
Bruneca.
geórgia campos
5 de abril de 2011
Ludi,
Vejo você falando cada palavra descrita no artigo, vejo você juntando os dedos, numa expressão tão sua, pra tentar explicar o inexplicável, pelo menos pra muitos de nós.
E então minha amiga “maestra”,dê-me uma dica de como colocar na cabecinha de nossos pequenos alunos, que “tchans e derivados” são contracultura; como fazê-los observar que a cada neurônio gasto com esse tipo é perdido? Realmente dá vontade de jogar a toalha e sair de campo, devido a velocidade com que esse tipo de poluição se propaga. É quase uma invasão ruidosamente silenciosa e eles não se dão conta da porcaria em si.
Parabéns amiga, belo artigo…belo pensamento!!
Beijo grande…
Joel Ferreira
5 de abril de 2011
Li!! É isso, não tenho o que “discutir”, pena que trat-se da sua sensibilidade (rara, diga-se de passagem) e que muitos não tem, mas é isso, memo!! Parabens pelo crônica e obrigado por compartilhar com os outros.. Bjs, querida!!
Merchid Millen
5 de abril de 2011
Parabéns. Compartilhamos o desespero de assistir quase impotentes a indústria fonográfica brasileira estragando a vida das pessoas com esse tanto de coisa chata e insossa. Parabéns, parabéns, parabéns, parabéns.
Elaine Azevedo
5 de abril de 2011
Somos da música que liberta, que critica, que emociona!
Rosane Carvalho Morais
5 de abril de 2011
Excelente, LUDI!
atualmente as musicas costumam vir de diferentes formas: baladas melosas, lixos dançantes, “rockzinhos” adolescentes, ruídos ininteligíveis, Creuzas… créus pronunciados por descerebrados latinos… ou seja, cada um tem lá …a sua aversão particular a algum tipo de musicas-lixo. Sempre há algo, um ou mais fatores impontuais dentro destas músicas que nos fazem desejar o pior destino possível ao compositor e/ou intérprete.
Renata Queiroz
5 de abril de 2011
Comungo de todos seus pensamentos Ludi!! Difícil ver um filho, aluno, ou quem quer seja , ouvindo, consumindo , isso que dizem ser música, uma das mais belas forma de arte; principalmente aquelas que exigem um compromisso com a coreografia!!
hamilton jabour
4 de abril de 2011
Engraçado, Ludi, ainda gosto daquela “gentalha” que cantava rock e iê, iê, por volta de 1960. Fizeram a sua parte na história e provocaram comparações. Como foram criticados ! Pensando bem, não é de tudo ruim ser criticado, pior é ser ignorado.
Luana Lima
4 de abril de 2011
eres geniaaaaaal!! siempre me acuerdo de nuestras platicas en clase sobre el buen gusto por las cosas pero más por la musica!! como me acuerdo tambien cuando escribiste en el pizarron la cancion de ” pocotó, pocotó, minha eguinha pocotó”!!!
Eres mi idola definitivamente, siempre te voy admirar como mi siempre maestra, mi amiga, una mama!
te quiero muchisimo y te extraño!
perdon por los posibles errores!
Mari Verdini
4 de abril de 2011
Ai Tia Ludi, se esse texto não tivesse seu nome do lado, não poderia ter o de mais ninguém! Acho que eu nem precisaria saber que era seu pra te achar nele! Cada palavra, cada expressão que são “muuuuuito você!”.
Concordo com a Marina e a Laura, e repito sempre: só quem passou pela NOSSA Officina sabe o que nós vivemos e aprendemos ali. O resto só tenta imitar!!
Obrigada, obrigada e mil vezes obrigada à vcs, minhas professoras/amigas, tão tão tão fundamentais no que eu sou! Obrigada por terem me ensinado a reconhecer e apreciar o que é realmente bom!
Elaine Azevedo
3 de abril de 2011
Em tempo de músicas passageiras, de ídolos fabricados na net e de cinebiografias de adolescentes que se acham, nada melhor do que os nossos velhos e bons ídolos. Somos frutos da boa música. Aquela que sensibiliza, que critica, que liberta. Amei as suas palavras! Eu também adoro o Xexéu!
laura quick
3 de abril de 2011
tia ludi! adorei!!! e ao ler consigo escutar sua voz dizendo cada palavra! muito bom ler esse texto e muito bom tambem ler o comentario da Marina! beijos e saudades sempre daquele tempo bom de officina do saber que faz parte da pessoa que sou!
Hélen Queiroz
3 de abril de 2011
Ludi Ludi,
Irônica e genial sua crônica. Não por acaso Xexéo sempre foi seu cronista preferido!
Amiga, bom saber que compartilhamos ídolos e preferências…
Seus livros e discos revelam parte da nossa adolescência sem tchans e pancadões.
Somos das rodas de violão, clubes e esquinas da poesia…
bj amiga
Marina Mendonça
3 de abril de 2011
Tia Ludi,
Sábias palavras, como sempre! Mais venho aqui fazer um apêlo!
Sou da década de 90,sou dessa geração que você cita aí em cima, uma geração que nasceu junto com o neoliberalismo, uma geração que considero egoísta, talvez menos do que a galera dos anos 2000, rsrs, mais ainda sim, uma geração sem propósitos e tomada por idéias consumistas,descartáveis!
Infelizmente não tivemos a sorte de nossos pais,tios,professores, somos uma geração sem referências, talvez por isso somos tão perdidos.
Não conhecemos a palavra CENSURA, nascemos com LIBERDADE,não tivemos que lutar por ela, talvez por isso tantos desastres. Somos de um tempo onde a minissaia é grande demais,que a Vanderléia não me ouça; lutar “sem lenço e sem documento” não faz parte do cronograma da nossa juventude, pois já fomos vencidos pela Rede Globo de Manipulação, revolucionários agora são considerados desocupados; o amor é brega,virou coisa de corno, é sentimento vergonhoso, “amar como se não houvesse amanhã” é coisa de gente ingênua;
Ficar semi-nu,fazer fofocas,dançar o créu e fugir com o Super Man em rede nacional e de preferência ao vivo é o que temos de melhor, sem contar a sensacionalista Record e o “bonzinho” do Luciano Huck com seus quadros falsamente solidários! O Rei que me desculpe, mais eu sinto falta do gel no cabelo e do jeito rockeiro-playboy que ele tinha, “ele era o bom,era o bom,era o bom”, esse Roberto também manipulado não nos chama atenção.
Assim com vocês, nós também pedimos SOCORRO! Se vocês que estão vivendo parte da vida nessa pobreza de cultura estão ficando loucos, imagine nós que nascemos nela???
Peço a vocês pais,,professores,poetas, homens e mulheres filhos de gerações menos rôbóticas, não desistam de nós, escrevam mais e mais textos difundindo essa idéia,ofereçam aos filhos,sborinhos,alunos,tudo o que vocês sabem de melhor. Me entristece saber que nem todos tiveram a oportunidade de estudar em uma Officina do Saber ou de ter um pai que ouvisse Cartola,Tom,Gonzaguinha,Erasmo,Fevers, ou uma família que te apresentasse a poetas como Amaro Vaz, Ludmila Beviláqua e Helén Queiroz! (Eu tive)
Por isso eu clamo, ESCREVAM,APROVEITEM ESSA MÁQUINA LOUCA QUE É A INTERNET PARA ENTRAR NA VIDA DOS JOVENS DE MINHA GERAÇÃO! PROPAGUEM BOAS IDÉIAS, BONS POEMAS,BOAS MÚSICAS!!!
Todas essas palavras me fizeram lembrar de uma música que resume muito bem esse assunto, entrem e ouçam: Aos Meus Heróis – Julinho Marassi e Gutemberg (http://www.youtube.com/watch?v=7oXis0HZPz0)
“Que fique claro a juventude não tem culpa, é o eletronico fundindo a sua cuca, eu também gosto de dançar o pancadão,mais é saudavél te dar outra opção…”
Um abraço Amaro e Tia Ludi!
Amaro Bento Vaz Filho
3 de abril de 2011
Ludi,
O seu texto me remete às frases que sempre me inspiram, e que, cotidianamente, escrevo e/ou crio, para externar meus sentimentos sobre os caminhos do aprendizado e crescimento. Uma das minhas prefiridas é: “Amigos são escolhas que a convivência transforma em escolas.”
Graças a Deus escolhi vocês e graças a Deus, ainda, que em nosso meio não nos permitiremos o “pseudo-modismo-descartável” como coadjuvante.
A comercialização da arte, talvez em razão do fácil retorno do investimento, é a causa e efeito de todas essas loucuras e como são coisas descartáveis, mais e mais coisas são criadas, para que a “vendinha” não vá à falência.
Como são “artes”(?) descartáveis, o medo maior é que com o tempo a familia se faça descartável, o amor se faça descartável, o conteúdo humano se faça decartável, a cultura se faça descartável e o futuro….
Reticências para o nosso amigo futuro, pois acabo de receber um comunicado da emissora, para interromper o meu texto, pois os patrocinadores exigem que se apresente agora Big Brother e, logo após, as imagens exclusivas do show que marca o retorno do É o tchan.
Um beijo amiga