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Crônicas

Início, vida e FIM – Bianca Garbelini Jabour

Em 24 de abril de 2013 por Jana Coimbra

A vida… já tem alguns dias que algumas reflexões me atormentam, mediante tantos acontecimentos bons, me vejo tão frequentemente mergulhada nas causas. Os pensamentos não vieram em vão, mas quando vieram deixaram um resquício de pequenez no ar.

 

No inicio da semana, euforia, muitas coisas para fazer e nós ali, eu e mais dois amigos conversando, tranquilos , como se não tivesse ao nosso redor um mundo tão apressado e barulhento. Lamentações daqui, inflamações, dores de cotovelos, piadinhas. Risos. E eis, que um deles recorda do sábado anterior. Muda a expressão, arregala os olhos e começa perguntando se tínhamos visto a noticia de um corpo encontrado no rio, na  cidade em  que moramos, e, antes  mesmo da resposta, completou dizendo: ” fui eu que vi, que liguei, estava indo para minha cidade sábado de madrugada, olhando o céu, o rio que as vezes tem peixe e dei de cara com aquele homem. Tive que olhar bem , não acreditei.”

 

E daí o outra amiga lança com pesar algo sobre as fragilidades da vida, que já não me recordo com clareza, mas só a expressão ” fragilidade da vida” sucinta tudo que me permeia  por hora.

 

Não precisa de muita coisa para que se inicie uma reflexão, nem para que se sinta infinitamente pequeno diante da exuberância de toda Criação. Em uma semana em que várias coisas novas estão surgindo, ciclos recomeçando, me peguei pensando na fragilidade e a redundância que é viver. Não que não valha a pena, mas é um tanto quanto curioso essa historia de fazer, crescer, criar, correr, virar cambalhota e no fim das contas um estranho te ver flutuando as margens do rio.

 

Tão de repente, deixamos de ser e vamos embora, partimos e tudo que fica é matéria. Isso quando existe matéria, quando existe foto, carta, documento, porque geralmente fica uma desconsolável saudade.

 

A vida é tão somente um processo de ida. Ninguém sabe ao certo pra onde se vai, mas seguimos o fluxo. E eu, de vez em outra sou estacionada a me questionar das fragilidades, das relações, de como é saber que um dia nascemos, e em um dia desses, perdidos nos nossos emaranhados de compromissos, ou, quem sabe, no sossego da velhice, morremos.

 

Até o verbo MORRER pesa, isso reafirma a nossa  frágil composição. Somos delicados demais para lidar com certezas, e morrer sem dúvida é um fato,  que por sinal, era bem maior do que o fato de que tínhamos que ir para sala de aula, antes que o dia se consumasse, afinal de contas obter conhecimento pode ser vaidade, porém é o que sustenta-nos nesse  intervalo de inicio e fim.

 

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