Em 20 de novembro de 2014 por Renan Menicucci
“(…) Todo egoísmo, solismo, toda ganância, ambição, miséria, mentira, desrespeito e injustiça é justificada agora. Estamos no acerto de contas. Não devemos a Deus, anjos, demônios ou coisas do tipo. Estamos acertando contas com nós mesmos. Todos tem sua parcela de culpa e fingir que foram humanos é em vão, pois agora estamos equiparados a ratos de esgoto.
Que o apocalipse da minha crença, seja o Velho Testamento da tua.
Meu nome é Renan e aí vai o meu primeiro mandamento: Não crie o Renantinismo. Esses “ismos” só divergem as pessoas e o primeiro passo para não sucumbir ao tempo é não se separar. Um vento carrega um grão de areia, mas nunca será capaz de carregar um monte.
Minha sociedade ocupou a Terra durante milhares de anos (não lembro a quantidade certa). Nós fomos evoluindo aos poucos. Criamos a escrita, as comunidades, as relações entre elas, a moeda, o valor, as crenças, costumes… Criamos os cargos hierárquicos, as atividades, os trabalhos, criamos a democracia, a tirania, criamos o voto. Criamos muitas coisas até chegarmos a construção de monumentos imensos. Tínhamos a tecnologia avançada com robôs e chips. Fomos à Lua, à Marte, fomos ao topo do mundo! Só esquecemos-nos de cultivar aquilo que ninguém criou. Aquilo que se fez e sempre existiu: o Amor. E, agora, que te rabisco isso tudo, querido novo amigo, te digo que antes de criar, é necessário cuidar daquilo que se tem. Não deixar que o tempo destrua para que possa construir é o primeiro artefato de uma boa história. Leve isto ao teu povo e diga que amar vai além de uma empatia pelo vizinho.”