Em 27 de abril de 2015 por Jana Coimbra
Depois de muita falação, disputa por um lugar (sentado ou de pé), apresentações, agradecimentos, fotos, cumprimentos, olhares, sorrisos e uma grande expectativa… um silêncio absoluto reinou no salão da UEMG. Totalmente absoluto. Surpreendente. Admirável. Sugerindo algo sério, importante ou especial no ar… Era Adélia Prado se apresentando, dando início à sua fala daquela noite de 24 de abril que chegou a ser adiada, inquietando seus fãs.
A plateia superlotou e, de repente, ao mesmo tempo, todos os olhares ali eram para Adélia, a poeta mineira que encanta do princípio ao fim aos mineiros, pela identidade visivelmente personalizada das minas gerais e, contagia quem quer que esteja por perto. Foi promotora, juíza, vereadores, os padres, advogados, professores e mais professores, inclusive que não estão mais na ativa, crianças, adolescentes, jovens, estudantes, universitários, jornalistas e professores de cidades vizinhas, carangolenses residentes em BH e no Rio que vieram exclusivamente para vê-la, empresários, profissionais liberais, enfim, gente que não acabava mais.
Ela se sentou num sofá de dois lugares, em cima do palco, no centro, rodeada por Lauricy Belletti, do Centro de Difusão Cultural e pela coordenadora do Curso de Letras da UEMG, Ivete Azevedo. Falou um tanto sobre vários assuntos interessantes e de uma forma mais interessante ainda – daquelas que ninguém pisca – falou de poesia, da construção da poesia, do casamento, do amor, da família, da mulher “mineira” em especial, da feminilidade, dos homens, de Deus, da sua fé que todos conhecem e etc.
Leu algumas poesias e declamou outras. Contou casos da Adélia mulher e da Adélia poeta. Viu um aluno declamando versos seus, respondeu perguntas da plateia, fez dedicatórias pessoais em cada livro autografado e tirou centenas de fotos… (sem fazer pose). Encantou seus leitores e conquistou mais um tantão. Extasiou seus fãs e admiradores no sentido mais pleno e exato da palavra e inspirou corações até a alma. Fez a plateia suspirar, preencher-se e voltar para casa inspirada, se dando conta de que viu aquela estrela que ainda não tinha observado no céu.
Deu seu recado e foi repetidas vezes aplaudida e fotografada. Encerrou sua fala e seus casos porque alguém assim estabeleceu que deveria terminar às 22:30h, caso contrário seria capaz de varar noite adentro, tentando explicar para aquela plateia, que também não queria arredar pé dali, a sua arte de emparelhar palavras e transformá-las em versos e prosas como poucos conseguem… com o coração na mão!!!
Mais uma vez, Adélia marcou sua presença em Carangola. Pela 3ª vez, mas com o mesmo encanto e sabor de toda “primeira vez” – que tem gosto de quero mais.
Observe as fotos e as expressões de cada um, especialmente, da Poeta maior das Minas de Carangola.