Em 18 de maio de 2014 por Jana Coimbra
É isso aí, “o show não pode parar” mesmo! Graças a Deus por isso!!! Que ninguém debaixo do céu ouse roubar ou engavetar esse privilégio envolvente que a arte exerce sobre os mortais! Viva a arte da dança, viva o cheiro de cultura no ar… Viva a vida, a juventude, o corre-corre eletrizante em cima dos palcos, viva governantes e empresas que patrocinam a arte e a cultura, viva a sensação de estar sendo arrebatada que contagia as plateias do mundo inteiro.
Traduzindo ao pé letra, as duas apresentações da Escola de Dança da Márcia Valladão, nos dias 16 e 17 de maio, no CTC, ganharam as atenções desse final de semana. O público lotou o salão nos dois espetáculos e não para de elogiar.
A artista llse Müller, pianista, cantora de coral, bibliotecária federal trilíngue aposentada, residente em Lavras/MG, que participa e está sempre envolvida com projetos e apresentações culturais, admirou-se com o grande público pagante e comentou que sempre é muito difícil atrair públicos pagantes, a R$ 15, como aconteceu aqui, porque hoje as pessoas praticamente não valorizam mais esse tipo de arte. Elogiou a Escola de Dança, os carangolenses e fez questão de assistir as duas apresentações, para ver sua neta Ana Lis, de 06 anos, no papel de Márcia Valladão e sua filha, Nadja Angêlo, esposa de Hugo Valente, interpretando Marília Valladão.
Foi a 25ª apresentação, em 27 anos, da Escola de Dança Meia Ponta. Márcia levou para o palco sua própria história, narrada numa cabine de rádio por Isis Beviláqua e Israel Facin, desde a infância, para contar o surgimento da escola de dança, retratando em detalhes, fatos que a inspiraram e motivaram a se tornar uma bailarina. E como não poderia deixar de ser, homenageou o pai, Maurício Valladão, que foi seu grande e maior incentivador nos primeiros passos da dança, sempre que brincava com ela, sapateando como o ator e dançarino americano, Fred Astaire. Papel, diga-se de passagem, admiravelmente, interpretado pelo psicólogo, Hugo Valente, filho de Leizi e Clóvis Valente.
Alunas e ex-alunas (que sempre fazem questão de prestigiar/dançando nas apresentações da Escola) subiram ao palco para contar, em público e na ponta dos pés, a sempre agitada e divertida infância e vida escolar de Márcia Valladão, sua fascinação pelo circo e pelo palhaço do circo, sua adolescência, juventude, seus primeiros namoricos, sua paixão pelo filme flashdance, pelas músicas de Michael Jackson e várias outras que marcaram sua época, pelas “dancinhas”, que sempre rolavam em sua casa e na dos amigos. Enfim, tudo que envolveu a vida familiar e social de Márcia até o surgimento da Escola, em 1987.
E tudo estava mais do que sincronizado – som, iluminação, cenário, figurino, interação com o público, a homenagem que não poderia faltar à professora de música da Escola Melo Viana, Fátima Castro, onde tudo começou com a música e as danças folclóricas despertando o interesse de Márcia Valladão que, em sala de aula, já roubava a cena dançando para as colegas, sempre que a professora virava para escrever no quadro.
Na plateia, palmas, muitas palmas. No primeiro dia, a estrela da festa não subiu ao palco, ganhou demorados abraços ali mesmo, no camarim. Mas no segundo, a estrela não teve como resistir ao pedido de sua “flor de Lis”, curvou-se diante de seu respeitável público, ganhou mil palmas e assovios, um buque de flor de “sua Lis” e um “genial” e emocionado discurso de Hugo Valente, que incluiu O Último Discurso, de Charlie Chaplin (que é uma das grandes referências da concepção artística da Escola de Dança sempre citada por Márcia Valladão aos alunos).
“Segue o estrondoso aplauso da multidão. Então, dirige-se a “Márcia”: “Revestido do personagem que você me incumbiu de representar hoje aqui, quero dizer que tenho muito orgulho de você. Você fez de sua vida uma grande obra de arte”.
Já no primeiro dia, Márcia disse, com exclusividade, ao JConline: “Não! O show não pode parar e não vai parar. Todos os pais deveriam dançar com seus filhos desde pequenos”! Não vendo mais necessidade de outras perguntas, o JC respondeu apenas: que se faça cumprir tão boas falas!
Confira nas fotos alguns momentos desse show
Marina Mendonça
19 de junho de 2014
Doces palavras Jandira!
E como parte desse espetáculo posso dizer: Foi um RENASCER para todos nós!
Estar neste palco foi mergulhar em um passado encantador onde realmente, como disse a Mônica, mais do que dançar, nós fazíamos a vida acontecer naquela escolinha.
No passar destes dias me renovei e reencontrei uma essência que muitas vezes se perde na rotina corrida do dia a dia!
Eu não poderia ter ganhado um presente de aniversário melhor!
PARABÉNS A TODOS QUE FIZERAM PARTE DE CORPO E ALMA DESTE ESPETÁCULO!!!
Mônica Pimentel
19 de maio de 2014
Lindo. Renovador. Não apenas porque nossa cidade merece. Mas porque Márcia Valladão mereceu esse retorno após um tempo de esperas. E ao olhar as fotos das bailarinas, dos familiares e amigos, de Elisa Lemos e Hugo Couto, do público em geral, posso afirmar que Deus se fez presente, promovendo um novo tempo. Um tempo de reconciliação com o que de fato deve nos mover: o amor. Muitos imaginam que naquela escola, lugar mágico, passam apenas crianças nascidas em berço esplêndido. Estão enganados. Meninas que sonham com a dança e não podem pagar, também encontram espaço na “Escolinha da Tia Márcia”. Ao longo desses anos pude perceber, que muito mais que dançar durante a semana e se apresentar uma vez ao ano, aquele local é um lugar de fazer amigos, superar limites, enfrentar medos, desafiar-se sempre, descobrir, redescobrir e discernir vocações. A dança é sempre um lago que reflete a leveza e a liberdade que tanto queremos ter e viver. Parabéns a todas as pessoas que se fizeram presentes, mesmo precisando abrir mão de suas particularidades para estar nos ensaios e na apresentação. Parabéns a todas as ex-alunas que por algum motivo não participaram, mas que certamente sentiram o coração bater mais fortes nesse fim de semana e em seu íntimo torceram para que tudo desse certo. Termino essa mensagem com o trecho de uma música que gosto muito e retrata a coragem de recomeçar: “os sonhos não envelhecem”… E talvez seja essa a nossa força para que o show nunca pare.
Vera Valadão
19 de maio de 2014
Jandira, como sempre nota mil para vc, pela reportagem, linda, retratando em detalhes toda a emoção e beleza da festa
Quanto à apresentação foi tudo muito,muito, muito maravilhoso.
Parabéns, o Show não pode parar e o Jornal da Cidade também não!!!!!!!!!!!!
Bjs